A Polícia Federal solicitou durante a semana que o WhatsApp entregasse os números de telefone celular utilizados para disparar conteúdos em massa sobre o processo eleitoral brasileiro. No inquérito instaurado pela PF, são solicitados ainda detalhamentos sobre os dispositivos utilizados na emissão das mensagens e o exato conteúdo compartilhado, a fim de determinar se os materiais seriam propagandas favoráveis ou prejudiciais aos candidatos à presidência da República.
O inquérito da PF teve início com a denúncia da Folha de S. Paulo que um esquema de publicidade em massa custando mais de R$ 12 milhões foi bancado por empresários brasileiros para influenciar a opinião dos eleitores. A prática é vista como um possível crime eleitoral, uma vez que as doações para campanha por parte de pessoas jurídicas deve ser declarada pelos partidos e possui limite inferior ao valor gasto para contratação dos pacotes. A Justiça Eleitoral também conduz investigações sobre o caso.
As solicitações partiram da Procuradoria-Geral da República e não limita a apuração a qualquer um dos políticos que disputarão o segundo turno das eleições no próximo domingo (28). A abertura do inquérito versa sobre casos que atinjam “ambos os candidatos ao pleito eleitoral para presidente da República”.
A PF também deve solicitar detalhamento das ações investigadas às agências relacionadas aos disparos em massa: QuickMobile, Yacows, Croc Services e SMS Market foram citadas pela denúncia da Folha. Após as denúncias, o WhatsApp já demonstrou apoio às autoridades investigativas brasileiras e removeu o acesso de contas vinculadas aos disparos em massa no aplicativo.
Fonte: Canaltech